A cada dois anos, a Academia promove um espetáculo de ballet onde os alunos mostram todos os seus dotes. Este foi o ano em que a Princesa participou pela primeira vez. E foi lindo! O espetáculo em si e a participação da Princesa.
Durante o mês anterior ao mesmo, para além das duas aulas semanais normais, tiveram lugar ensaios extra, aos sábados. Chegou mesmo a haver ensaios ao domingo e a um feriado. A somar a isto o ensaio de espaço e o ensaio geral, no Europarque de Santa Maria da Feira. Nós pais, sentíamos a Pipoquinha um bocadinho cansada, com tanta azáfama, mas no final valeu a pena.
O nosso maior receio era que ela chegasse ao dia do espetáculo e, só porque sim, não fizesse nada, como tinha acontecido na última festa de final de ano do Colégio. Com este receio, e porque sei que ela também fica desaponta em falhar e não fazer, decidi colocar-me em terreno e arranjar uma estratégia que a motivasse. Assim, num dia depois do Colégio, enquanto lhe dava banho, pergunte se ela ia fazer tudo direitinho no Espetáculo. Disse-me claramente que não sabia, que ainda ia pensar. Comecei a ver a minha vida a andar para trás. E foi então, que lhe disse que a Mamã e o Papá já tinham gasto muito dinheiro para ela participar no espetáculo, para fazer o guarda roupa que não pode simplesmente dizer que não sabe. Disse-lhe que estava a chegar o Natal e que o Pai Natal está atento a tudo, vê tudo e só recompensa os meninos e meninas que realmente se portam bem e fazem as coisas direitinhas. Disse que ele também ia ver o espetáculo e mediante o comportamento dela é que lhe dava, ou não, as prendas que ela tivesse pedido.
Ora bem, a partir daqui o comportamento foi mudando e andava numa felicidade a dizer que ia fazer tudo. Que ia dançar muito bem.
Chegado o dia do espetáculo, acordou muito bem disposta e só se queria despachar para que lhe fizesse o puxo, a maquilhasse para irmos para o Europarque. Inclusive disse-me que não se ia para cima do palco para estar quieta, que tinha de se dançar.
Quando a deixamos nos bastidores, a boa disposição reinava, e nem um beijo nos deu, tamanha a pressa em entrar.
Já no auditório e com a família toda a assistir, eu e o pai estávamos numa pilha, a ver o que é que ela ia fazer. Mas o certo é que se portou lindamente, fez tudo direitinho. Esteve linda.
No final, demos-lhe os parabéns e dissemos estar muito orgulhosos. Ela vinha felicíssima. Já no carro, a caminho de casa, perguntamos o que era melhor: atuar ou não fazer nada. Respondeu prontamente que era fazer tudo direitinho. E acrescentou que a Paula e a Zita lhes tinham dito para não olhar para os pais, olhar só para as fadas (meninas maiores que estavam no palco com elas) para não perder o tempo e não se enganarem. E foi o que fez. E a coisa correu bem.
Ficam algumas imagens gerais!
Nesta ultima foto em que ela aparece de braços cruzados, já foi no momento final em que (segundo ela) pensava: tanta gente!!!!
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